UA-29861581-1 Leão do Norte Xadrez: Administração tem Xadrez no DNA

Total de visualizações de página

terça-feira, 19 de junho de 2012

Administração tem Xadrez no DNA


É muito comum vermos o assunto "Estratégia" associado à imagem do Jogo Xadrez – por que será?

Não se sabe se o jogo de xadrez foi inventado no Egito, na China ou na Índia, mas é fato que este jogo tem maravilhado pessoas ilustres como, coincidência ou não, o grande estrategista Napoleão Bonaparte: "No campo de batalha, ele (Napoleão) equivalia a 40 mil homens", disse seu inimigo, Duque de Wellington.

A maioria das pessoas pensa que jogar xadrez significa (apenas) calcular lances a serem seguidos. Na sua essência, jogar xadrez significa mais do que isso: é analisar a posição no tabuleiro (o "campo de batalha"), a posição do adversário ("concorrente inimigo"), a posição de todas as suas peças ("as armas") e a possibilidade de ser rendido ou de ganhar "a batalha" a qualquer momento, através de um golpe fatal (xeque mate); da análise resulta o planejamento do posicionamento "inteligente" das próprias peças no tabuleiro. Isto se chama "plano de jogo" ou "planejamento estratégico".

Qual é a diferença entre estratégia e tática?

A estratégia pode ser compreendida como a escolha do melhor posicionamento (das peças) para "enfrentar a guerra"; no mundo empresarial, um exemplo seria: "Vamos aumentar nossa participação de mercado".




A tática é fazer os movimentos corretos para "ganhar a guerra"; p.ex.: "Vamos lançar um novo produto".

Por que é importante definir uma estratégia?

Uma estratégia funciona como um guia: através da estratégia sabemos onde estamos, onde queremos chegar e o caminho para chegar.

O que é mais importante, estratégia ou tática?



Estratégia sem tática é ficar no "mundo da fantasia".
Tática sem estratégia é escolher entre ações, onde "qualquer uma serve".

Por que jogar xadrez ajuda a aprimorar o planejamento estratégico?

Uma pesquisa realizada na Suíça, pelo professor Charles Partos, concluiu que o xadrez desenvolve habilidades como:

- Atenção e concentração
- Imaginação e simulação
- Memória e combinação
- Raciocínio lógico - analítico e sintético
- Pensamento racional, crítico e criativo
- Tomada rápida e corajosa de decisão



- Enfim, "planejamento estratégico".

Resta perguntar: a gestão empresarial dispensa alguma dessas habilidades?

Tanto na gestão empresarial, quanto no jogo de xadrez, é preciso ter consciência da importância do planejamento estratégico, entendido como a capacidade de gerar ideias que asseguram a conquista e manutenção de uma vantagem, capturando peças do adversário (participação de mercado) e, ao mesmo tempo, preservando as suas próprias (diferenciação no mercado).

No entanto, as similaridades não param por aí. Seguem quatro dicas de atuação, derivadas do jogo de xadrez, que podem ser adotadas na gestão empresarial em geral, e no planejamento estratégico, em particular:



Seja flexível para mudar os planos quando cabível

Os gestores estratégicos precisam compreender que, a qualquer momento, podem acontecer movimentos do adversário; por isso, eles precisam ser capazes de decidir se a estratégia utilizada deve ou não ser mantida.

Dê atenção à estratégia e(!) à sua execução

Uma estratégia executada de maneira ruim é a mesma coisa que não ter uma estratégia; é preciso transformar estratégia em ação e ação em resultado.

Faça direito ou não faça
Gestores Empresariais (como jogadores de xadrez) precisam estar comprometidos com aquilo que assumiram fazer.

A prática leva à perfeição

Quando alguém joga bastante, melhora seu jogo. O mesmo acontece no mundo corporativo: é preciso fazer da gestão empresarial estratégica um hábito que estimula o time a buscar soluções "inteligentes".

Concluindo, creio que o Jogo de Xadrez deveria ser incorporado tanto no Ensino Fundamental (vide países como França, Israel, Rússia, Estados Unidos e China, entre outros), como também nos Cursos de Gestão Empresarial.

Todos deveriam vivenciar o que é estratégia (e o que não é) e como fazer movimentos táticos, de acordo com a estratégia – uma atividade que estimula os dois lados do nosso cérebro (racional e intuitivo), na busca da capacidade de, "num piscar de olhos", assimilar uma situação e decidir o que fazer no "campo de batalha".

Gostaria de ser um "black belt" enxadrista, mas estou aqui apenas para compartilhar algumas dicas depois de praticar um pouco de xadrez, o suficiente para que eu passasse a gostar de planejamento estratégico.

O mais jovem campeão mundial de xadrez da história, Garry Kasparov - em 1985, aos 22 anos, deixou algumas dicas que valem a pena incorporar na nossa vida pessoal e profissional:

- Em situações de pressão, nossos sentidos ficam alerta. Em momentos de calma, tendemos a relaxar e perdemos alguns elementos vitais para avaliar corretamente uma situação.

- Todos temos intuição, mas precisamos usá-la com mais frequência. É como um músculo que deve ser treinado.

- A estratégia é superior à força bruta do cálculo. O cálculo e a pesquisa podem dar apoio à estratégia, mas não substituí-la.

- Uma das mais importantes lições (do xadrez) foi aprender a ser objetivo, motivo pelo qual eu pude permanecer tanto tempo no topo.


Pense nisso, assimile para o dia-a-dia empresarial e dê um xeque mate na concorrência - a maneira mais "inteligente" e(!) ética de sobreviver, crescer ou expandir.


Por que "inteligente"? Se você ganhar, não precisa falar que foi sorte; se você perder, não fale que foi azar...

De Werner K.P. Kugelmeier
wkprisma@wkprisma.com.br





Para mais informações:

www.wkprisma@wkprisma.com.br
www.gestaoempresarial.adm.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário